domingo, 28 de novembro de 2010

A vida...

A vida é feita de altos e baixos.
A vida é feita de vitórias e derrotas.
A vida é feita de vidas e mortes.
A vida é cruel. É impiedosa. É dura. É algo que devemos temer e adorar. É algo que aprendemos a apreciar e agradecer por ter.
A vida é tempo a não perder.
A vida é para apreciar e detestar.
A vida é para guardar e perder.
A vida é para manter e desperdiçar.
A vida é para tudo e nada.
A vida é algo que não se dá, recebe-se. Porque dar a vida é morrer por alguém para que ele sobreviva, mas isso não acontece no mundo real. Só nos filmes e livros de amores épicos.
A vida é feita para amar e odiar.
A vida é feita para arquitectar e destruir.
A vida é feita para viver e morrer.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saramago

Como já devem saber, Saramago morreu na última sexta (18 de Junho). Devo dizer que nunca na minha vida li ou quis saber deste autor (em parte por influências externas) até às férias de 2009. Fi-lo pois iria ser uma obra dada no 12º ano. Espero que não leve a mal a referência, mas foi por causa da minha professora de português que li (achei melhor não referir nomes por questões legais). Sei que podia perfeitamente ler os resumos dados nos manuais ou mesmo adaptações para crianças, mas não o fiz. Li a obra na íntegra e passei a adorar o génio de Saramago.
Ele foi um escritor singular com um espectacular estilo e mentalidade. Foi contorverso e nem sempre agradou a todos (inclusivé a mim), mas ele ficará sempre no meu coração como o criador de Blimunda e Baltasar e da sua história de amor eterno.
Para sempre defensor dos oprimidos e esquecidos, Saramago perdurará no coração dos portugueses como o início do Quinto Império anunciado por Pessoa (no qual dominaríamos pela lingua portuguesa).
Até sempre, José Saramago.

sábado, 24 de abril de 2010

Verde e Azul



Houve um tempo neste mundo
Em que as paisagens eram inundadas
De Verde e Azul
Foi um tempo de calma e felicidade
O tempo do Verde e Azul
Como uma brisa no Verão
Ou o riso de uma criança
Aqueles eram os dias maravilhosos
Coloridos apenas de Verde e Azul

Perdemos esse mundo num só dia
Em que abdicámos do que acreditávamos
Por aquilo que nos convinha
Por aquilo que nos agradava à vista
Por aquilo que nos era bonito no momento
Mas esse novo mundo nosso
Era como uma rosa colhida do seu arbusto
Bela nos primeiros dias
Mas vai murchando com o passar dos tempos

Perdemos tudo por uma rosa
Uma que se revelou repleta de espinhos
E aquele mundo de Verde e Azul ainda nos esperava
Sorrindo de braços abertos
Preparado para nos acolher na sua imensidão
Mas apenas alguns lá quiseram entrar
Condenando o paraíso de Verde e Azul
A uma solidão extrema

Procurei esse sonho de mundo
Até que o encontrei nos confins do mundo
Estava a escurecer pela falta de alegria
Estava a murchar por falta de amor
Por isso dei-lhe a mão
Por isso partilhei com esse mundo um sorriso
Para que ele voltasse a florescer
Para que tantos outros que o procuram
O encontrassem a sorrir de braços abertos
Ainda colorido das mais belas tonalidades
De Verde e Azul

terça-feira, 24 de novembro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cidade sonâmbula
Onde moram
Os que dormem acordados
E o que a dormir acordam

Andam mortos vivos
Pela rua da eternidade
Diambulando num pensamento sem fim
Sem princípios de infelicidade

Conhecem o desconhecido
A incógnita fascina-os
Mas vivem a preto e branco
Num mundo pré-concebido

A lua prateada
Não passa de uma bola de espelhos
A estrela dourada
Nada mais é que uma vela acesa

São eles os despojados da sua filosofia
Os restos de uma otra civilização
Somos nós estes sonâmbulos
Sobrevivendo dia após dia...

sábado, 22 de novembro de 2008

Linguas Cruzadas


Achei interessante ao ouvir no meu instituto e creio que muitos outros sentiriam o mesmo. Assim anuncio que vai decorrer no mês de Dezembro, em Lisboa e no Porto, uma reunião de escritores que não escrevem na sua língua mãe intitulada Línguas Cruzadas.
Vai ter a presença de escritores de diversas nacionalidades, como é exemplo José Eduardo Agualusa (li um livro da sua autoria e se pudesse ia assistir). Assim, coloco abaixo o horário e escritores presentes nos dias e locais. Apareçam e talvez me encontrem lá.

Calendário
Leitura
02.12.2008, 18.30 horas

Luo Lingyuan, José Eduardo Agualusa
Goethe-Institut em Lisboa
Leitura
03.12.2008, 18.30 horas

Saša Stanišić
no âmbito da conferência “Conflict, Memory Transfer and the Reshaping of Europe“
Universidade Católica
Leitura
04.12.2008, 18.30 horas

Catalin Dorian Florescu, Francisco Camacho
Goethe-Institut em Lisboa
Leitura
02.12.2008, 18.30 horas

Saša Stanišić, Valter Hugo Mãe
Biblioteca Municipal de Almeida Garrett, Porto
Leitura
03.12.2008, 18.30 horas

Luo Lingyuan, Richard Zimler
Biblioteca Municipal de Almeida Garrett, Porto
Leitura
05.12.2008, 18.30 horas

Catalin Dorian Florescu, Ondjaki
Biblioteca Municipal de Almeida Garrett, Porto

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

não estás só

Se olhas para a direita
E ninguém se apresenta
Se olhas para a esquerda
E até o vento foge
Se dás meia-volta
E nem a paisagem se desenha
Experimenta olhar em frente
E verás um amigo sorrindo
Estendedo-te a mão
Sem problemas em te içar se caires
Sem questões se não quiseres falar
Mas ele estará sempre lá
Podes não o ver à tua frente
Então experimenta avançar um pouco
E encontrá-lo-às a avançar em tua direcção também
Sorrindo de mãos estendidas
De coração aberto
E com a força de um mundo



dedicado a um grande amigo meu, um irmão de coração